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Experimentos em desenvolvimento com grama brasileiro, Gramma brasiliensis, no Laboratório de Peixes e Ornamentais Marinhos – LAPOM
Publicado em 08/09/2015 às 15:47Douglas da Cruz Mattos*; Ana Silvia Pedrazzani*; Ana Carolina de Araújo Ricardo*; Bruna Pessoa Lobo Dias*; Frederico Felipe Berchof* & Mônica Yumi Tsuzuki*
* LAPOM – CCA – UFSC, Rodovia Admar Gonzaga, 1346, 88034-001 – Itacorubi – Florianópolis – SC.
Segundo Wabnitz et al. (2003), mais de 24 milhões de peixes de recife de aproximadamente 1470 espécies são coletadas anualmente para aquários privados e públicos em todo o mundo. No mercado de peixes ornamentais marinhos, cerca de 90% das espécies são capturadas do ambiente natural, e oriundas principalmente de áreas tropicais e subtropicais (Monteiro-Neto et al., 2003). A realidade extrativista e altamente seletiva desta atividade, o grande número de animais capturados, juntamente com a inexistência de um efetivo controle pelas autoridades sobre a captura e o comércio de peixes ornamentais marinhos, levam a um alto risco de sobre explotação dos recursos naturais, demonstrando a insustentabilidade desta atividade.
Uma das ferramentas para auxiliar na diminuição do extrativismo, bem como no conhecimento de aspectos bioecológicos de peixes ornamentais marinhos, é o desenvolvimento de tecnologia para a produção destes animais em cativeiro, sendo esta uma solução sustentável a longo prazo para o mercado dos peixes marinhos ornamentais. Já existe forte tendência a substituição destes peixes por animais cultivados. Neste contexto, espécies de peixes ornamentais marinhos brasileiros como o grama brasileiro (Gramma brasiliensis), que já faz parte do comércio da aquariofilia através do seu extrativismo é totalmente desconhecido quanto aos seus aspectos de cultivo. Desta forma, o Laboratório de Peixes e Ornamentais Marinhos – LAPOM – conta hoje com aproximadamente 40 peixes da espécie Gramma brasiliensis, separados em casais e haréns para estudo dos aspectos reprodutivos dessa espécie, para subsequente reprodução e larvicultura em cativeiro, a fim de se desenvolver pacotes tecnológicos para posterior transferência ao setor produtivo. A área de cultivo de peixes ornamentais é ainda recente no Brasil, entretanto com alto potencial para crescimento.
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EVENTO: FENACAM & LACQUA/SARA (WAS)’15
Publicado em 12/08/2015 às 13:09A FENACAM & LACQUA/SARA (WAS)’15 a se realizar no período de 16 a 19 de Novembro de 2015, no Centro de Eventos do Ceará, na Cidade de Fortaleza (CE), será desmembrada em três distintos segmentos, de forma a atender as expectativas e os interesses de toda a cadeia produtiva. A FENACAM deste ano contemplará a simultânea realização dos seguintes eventos: XII Simpósio Internacional de Carcinicultura; IX Simpósio Internacional de Aqüicultura; XII Feira Internacional de Serviços e Produtos para Aqüicultura, o Evento Técnico Anual do LACC/WAS; o SARA’15, o primeiro Evento Regional de Aquicultura da WAS; as Sessões Tecnicas, oral e posteres, culminando com o XII Festival Gastronômico de Frutos do Mar, que ocorrerão de forma simultânea e independentes e, serão conduzidos de forma a facilitar uma concreta interação entre os produtores, palestrantes, congressistas e empresas detentoras de serviços, produtos e, demais serviços que compõem as cadeias de produção, de equipamentos, tecnologias e de distribuição de pescado, inerentes ao desenvolvimento e operação da aqüicultura Brasileira e internacional.
Assim a FENACAM & LACQUA/SARA (WAS)’15 contará com uma programação atualizada, diversificada e focada nas demandas técnicas e mercadológicas de toda a cadeia produtiva da aqüicultura brasileira e latino americana, com enfoque especial para a carcinicultura, a piscicultura e a malacocultura. Durante a realização desses eventos serão proferidas palestras e apresentados trabalhos técnicos, nacionais e internacionais, levando em conta as demandas e as necessidades dos produtores brasileiros, sobre as atualizações e avanços da aqüicultura e da carcinicultura nas diversas regiões do Brasil e nos principais países que se destacam na exploração da aquicultura, contribuindo para que estes possam conferir esses avanços e comparar com a situação de seus empreendimentos em termos de práticas de manejo, produtividade, produção, dentre outros relevantes aspectos, inclusive os mercadológicos.
Serão apresentados 12 trabalhos científicos realizados na Universidade Federal de Santa Catarina, com participação de alunos de graduação e pós-graduação. A apresentação de trabalhos é de fundamental importância para a divulgação da importância da UFSC no cenário da aquicultura latino americana, bem como da divulgação da produção científica gerada em Santa Catarina.
TRABALHOS A SEREM APRESENTADOS:
1) MÔNICA YUMI TSUZUKI* & ANA SILVIA PEDRAZZANI. Status of research on marine ornamental fish production in Brazil (ORAL).
2) MÔNICA Y. TSUZUKI.*; DANIELA GONÇALVES-SOARES, RAOANI C. MENDONÇA, BRUNNO H. SCHMIDT & ANA SILVIA PEDRAZZANI. First report of Brazilian basslet, Gramma brasiliensis, spawningin captivity (ORAL).
3) MAIK S. C. DA HORA*, RICARDO V. RODRIGUES; JEAN-CHRISTOPHE JOYEUX, LÍLIA P. S. SANTOS, LEVY C. GOMES E MÔNICA Y. TSUZUKI*. Tolerância e crescimento do cavalo-marinho Hippocampus reidi a diferentes salinidades (ORAL).
5) EDUARDO LUIZ T. GONÇALVES, DANIELA GONÇALVES SOARES & MÔNICA Y. TSUZUKI*. Relative condition factor (kn), hepatosomatic index and sex ratio of Brazilian basslet Gramma brasiliensis in captivity (PÔSTER).
5) ZUNDER, LUCAS A.; DIAS, BRUNA P. L.; PEDRAZZANI, ANA SILVIA; HOFFMANN, HIGOR; LIRA, ANA PAULA; OZÓRIO, RENATA; TSUZUKI, MÔNICA Y*. Behavior of Pomacanthus paru at reproductive stage during attempt of pair formation in captivity (PÔSTER).
6) HIGOR HOFFMANN*, ANA SILVIA PEDRAZZANI, CRISTIANA SEREJO, MÔNICA YUMI TSUZUKI. Reproductive characteristics of amphipod Melita sp. (PÔSTER).
7) RAOANI C. MENDONÇA*, WESLEY F. DA ANNUNCIAÇÃO, DANER R. FERREIRA, MÔNICA Y. TSUZUKI. Efeito do fotoperíodo no crescimento, sobrevivência e tempo de metamorfose de larvas do peixe-palhaço Amphiprion clarkii (BENNETT 1830) (ORAL).
8) RAOANI C. MENDONÇA*, MÔNICA Y. TSUZUKI, ALCINÉA M. CORREIA, AMANDA MASSUCATO. Aclimatação e manejo de reprodutores do peixe anão Centropyge aurantonotus em laboratório (PÔSTER).
9) RICARDO V. RODRIGUES*, RENATA M. C. EUGÊNIO, LUIS A. ROMANO E MÔNICA Y. TSUZUKI. Utilização de triiodotironina (t3) reduz o tempo de metamorfose em larvas do neon gobi Elacatinus figaro (PÔSTER).
10) EDUARDO L. T. GONÇALVES*, KAREN R. TANCREDO, MICHELE C. VIEIRA, NATALIA DA C. MARCHIORI, EDUARDO G. SANCHES, MAURÍCIO L MARTINS AND MONICA Y. TSUZUKI. Preliminary data of intense parasitic infection on Anisotremus virginicus (PÔSTER).
11) EDUARDO L. T. GONÇALVES*; LUCAS DE A. ZUNDER; MAITÊ C. FLORINDO AND MONICA Y. TSUZUKI. Report and treatment of Cryptocaryon irritans affecting Elacatinus figaro in captivity (PÔSTER).
12) ANA PAULA LIRA DE SOUZA*, AMANDA MASSUCATTO, SARAH PITTIGLIANI IKEBATA, MÔNICA YUMI TSUZUKI. Avaliação do uso do probiótico na larvicultura de cavalo – marinho Hippocampus reidi (PÔSTER).
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Novo sistema de produção de anfípodes
Publicado em 23/06/2015 às 14:04Higor Hoffmann* & Lucas de Andrade Zunder*
* LAPOM – CCA – UFSC, Rodovia Admar Gonzaga, 1346, 88034-001 – Itacorubi – Florianópolis – SC.
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Experimentos em desenvolvimento com cavalo marinho, Hippocampus reidi, no Laboratório de Peixes e Ornamentais Marinhos – LAPOM
Publicado em 12/06/2015 às 15:32Amanda Massucatto*; Ana Paula Lira de Souza*; Ana Silvia Pedrazzani; Mônica Yumi Tsuzuki* & Sarah Pittigliani Ikebata*
* LAPOM – CCA – UFSC, Rodovia Admar Gonzaga, 1346, 88034-001 – Itacorubi – Florianópolis – SC.
No momento o LAPOM possui 10 casais de cavalos marinhos H. reidi, para realização de projetos de pós-doutorado, doutorado, mestrado e graduação.
Os experimentos a serem realizados com os reprodutores são: comportamento de corte e performance reprodutiva.
A prole obtida será utilizada para a caracterização do trato digestório, através das análises enzimáticas e histológicas. Também será avaliado o uso de probiótico nos primeiros dias de vida do animal, através de sua alimentação.
Vídeo produzido no LAPOM:
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Potencial do uso de anfípodes na alimentação de peixes marinhos ornamentais
Publicado em 12/06/2015 às 15:08Higor Hoffmann*; Ana Silvia Pedrazzani* & Mônica Yumi Tsuzuki*
* LAPOM – CCA – UFSC, Rodovia Admar Gonzaga, 1346, 88034-001 – Itacorubi – Florianópolis – SC.
Os anfípodes pertencem ao subfilo crustácea. As espécies deste grupo possuem tamanho que variam entre 5 e 15 mm, podendo ser encontrados em ambientes aquáticos marinhos e dulcícolas e terrestres. No ambiente marinho, os anfípodes podem ter hábitos planctônicos, bentônicos e parasitários, assim estando presente em todos os extratos marinhos. Devido a sua alimentação ser derivada de algas, microbactérias, detritos e zooplânctons, o uso de anfípodes para alimentação de peixes marinhos ornamentais pode apresentar níveis nutricionais mais altos do que outros alimentos vivos usados comumente na aquariofilia. A utilização de anfípodes para complementação nutricional em organismos aquáticos cultivados já vem ganhando espaço entre os criadores de peixes recifais como cavalos-marinhos, tartarugas e também polvos e lulas, o que pode elevar o interesse para a produção comercial de anfípodes. Este trabalho pretende realizar a descrição do ciclo de vida da espécie pertencente à família Melitidae, testar diferentes dietas para sua alimentação, bem como utilizá-los na alimentação durante a larvicultura dos cavalos-marinhos Hippocampus reidi. O objetivo final é propor um sistema de produção de anfípodes.
Palavras-chave: Melitidae, anfípodes, produção de alimento vivo, peixe ornamental.
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Imagens dos Reprodutores de Cavalos Marinhos – Hippocampus reidi
Publicado em 26/05/2015 às 11:06 -
CRESCIMENTO E SOBREVIVÊNCIA DE LARVAS DE PEIXE PALHAÇO AMPHIPRION CLARKII ALIMENTADOS COM ROTÍFEROS BRACHIONUS SP. PIGMENTADOS
Publicado em 18/12/2012 às 9:46*Cristielli S. Rotta; Raoani Cruz*; Ane F. Frâncio-Medeiros*; Danilo Nass* & Monica Y. Tsusuki*
*LAPMAR II – CCA – UFSC, Rodovia Admar Gonzaga, 1346, 88034-001 – Itacorubi – Florianópolis – SC.
Os peixes palhaços estão entre as espécies mais comercializadas mundialmente, e no Brasil, são os únicos peixes marinhos ornamentais produzidos em cativeiro. Apesar disto, existem poucos estudos sobre a primeira alimentação do Amphiprion clarkii, uma das principais espécies cultivadas. Técnicas que aumentem a atratividade do alimento vivo podem incrementar a taxa de predação larval e assim potencializar o desempenho desta espécie, bem como de outros peixes marinhos. O objetivo deste estudo foi avaliar o crescimento e a sobrevivência de larvas de A. clarkii alimentadas com rotíferos Brachionus sp, submetidos a diferentes tratamentos de pigmentação. O experimento foi conduzido do 1 DAE até o 8 DAE, quando termina a alimentação com rotíferos. Foram testados 3 tratamentos, TC: Tratamento Controle – rotíferos alimentados com a microalga Nannocloropsis oculata; TA: rotíferos alimentados com microalga e pigmentados com astaxantina e TB: rotíferos alimentados com microalga e pigmentados com corante artificial vermelho a base de anilina. No primeiro dia de experimento amostrou-se 40 larvas para medir o comprimento total. As larvas foram mantidas em aquários de 20 l, com 145 larvas em cada. A salinidade foi de 25, temperatura 26ºC e oxigenação moderada. O fotoperíodo foi de 14L/10E. Os rotíferos eram fornecidos duas vezes ao dia, totalizando 20 rot ml-1. Os rotíferos eram pigmentados durante 55 min. em cada tratamento, antes do fornecimento: TC – 3 litros de N.oculata; TA – 1350 mg de astaxantina diluída em 3 litros de água e TB – 30 gotas de corante diluído em 3 litros de água. Os rotíferos eram filtrados em tela de 60 µ. A sobrevivência não apresentou diferenças significativas entre os tratamentos, sendo que a maior sobrevivência foi de 51% no TC. Em relação ao crescimento, o TA foi significativamente maior que TB e TC, com média de 5,48 mm de comprimento total (CT). Entre TB e TC não houve diferença significativa, com médias de 4,94 e 5,01mm de CT, respectivamente (P≤0,05). O presente estudo demonstrou que larvas de A. clarkii apresentam melhor crescimento quando alimentadas com rotíferos pigmentados com astaxantina. No entanto, é necessário estudar de que maneira o tratamento com pigmentação pode melhorar as taxas de sobrevivência desta espécie.
Palavras – chave: astaxantina, corante, larvicultura, peixes ornamentais, pigmentação
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ANÁLISE DO CRESCIMENTO POPULACIONAL DO ROTÍFERO BRACHIONUS SP. UTILIZANDO FLAKE NEGRO E ASTAXANTINA
Publicado em 18/12/2012 às 9:39*Cristielli S. Rotta; Danilo H. Nass*; Katlyn Moraes*; Daniela Gonçalves-Soares*, Mônica Y. Tsuzuki*.
*LPM – Departamento de Aquicultura – CCA – UFSC, Rodovia Admar Gonzaga, 1346, 88034-001 – Itacorubi – Florianópolis – SC.A produção de alimento vivo é considerada um dos fatores mais importantes para o sucesso da piscicultura marinha. O rotífero é o alimento vivo mais utilizado na larvicultura de diversas espécies de peixes, podendo passar por processos de enriquecimento antes de ser fornecido. A astaxantina é um pigmento carotenoide com forte ação antioxidante e o Flake Negro é uma dieta fornecida principalmente para pós-larvas de camarões marinhos, e ambos podem ser utilizados para enriquecer os rotíferos. O objetivo deste trabalho foi comparar a eficiência da Astaxantina Algamac , e Flake Shrimp Lansy Inve na produção de biomassa do rotífero Brachionus sp. Os rotíferos foram mantidos em tanques cônicos de 1 l, em uma densidade inicial de 10 rot. ml-1, mantidos sob aeração constante. Foram testados 5 tratamentos, em triplicata: (C-controle)- microalga Nannochloropsis oculata; (AST): 150 mg de astaxantina; (FL): 150 mg de Flake; (AST/ALG): 150 mg de astaxantina e N. oculata e (FL/ALG): 150 mg de Flake e N. oculata. O experimento teve duração de 6 dias e o fornecimento de alimento, a contagem de rotíferos e de ovos foram feitos diariamente, assim como a medida de temperatura e salinidade. A amônia total foi medida nos dias 2, 4 e 6. A densidade de rotíferos aumentou significativamente (P<0,05) a partir do 4º dia no controle, o qual apresentou uma densidade maior que 55 rot. ml-1, e os tratamentos AST e AST/ALG apresentaram valores de 55 e 72 rot. ml-1, respectivamente. O melhor resultado foi observado no 5º dia no tratamento AST/ALG, o qual apresentou densidade superior a 115 rot. ml-1. O número de ovos teve um aumento significativo no 3º dia no controle, o qual apresentou uma quantidade superior a 18 ovos ml-1. Porém, o melhor resultado para número de ovos foi no 4º dia no tratamento AST/ALG, que atingiu aproximadamente 42 ovos ml-1. Para os tratamentos FL e FL/ALG, não houve aumento significativo nem para a densidade de rotíferos nem para o número de ovos. O presente trabalho demonstrou ser viável o uso de astaxantina para aumentar a biomassa de rotíferos. Contudo, é necessário que mais pesquisas sejam feitas para avaliar com precisão o valor nutricional dos rotíferos tratados com esse alimento, a viabilidade econômica do uso da astaxantina e microalgas e a atratividade dos rotíferos alimentados com astaxantina para as larvas de peixes.
Palavras – chave: alga, alimento vivo, astaxantina, biomassa, flake negro
Resumo apresentado ao AquaPesca 2012.
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Formação de casais/desova – Peixe Palhaço
Publicado em 12/12/2012 às 13:42“A espécie Amphiprion Clarkii é hermafrodita, protântrica com desovas regulares de ovos aderidos ao substrato. A fecundação e o desenvolvimento ocorrem no meio externo. Os machos são responsáveis por cuidar dos ovos durante a incubação, promovendo sua ventilação de forma vigorosa. Um casal pode desovar de 400 até 1500 ovos.” (Wilkerson, 2003)
Vídeo produzido no LPM.
http://www.youtube.com/watch?v=K_yCE6jOqQg&feature=youtu.be -
Formação de Casais – Neon Gobi
Publicado em 04/12/2012 às 9:48Vídeo criado no LAPOM sobre a formação de casais.