CRESCIMENTO E SOBREVIVÊNCIA DE LARVAS DE PEIXE PALHAÇO AMPHIPRION CLARKII ALIMENTADOS COM ROTÍFEROS BRACHIONUS SP. PIGMENTADOS
*Cristielli S. Rotta; Raoani Cruz*; Ane F. Frâncio-Medeiros*; Danilo Nass* & Monica Y. Tsusuki*
*LAPMAR II – CCA – UFSC, Rodovia Admar Gonzaga, 1346, 88034-001 – Itacorubi – Florianópolis – SC.
Os peixes palhaços estão entre as espécies mais comercializadas mundialmente, e no Brasil, são os únicos peixes marinhos ornamentais produzidos em cativeiro. Apesar disto, existem poucos estudos sobre a primeira alimentação do Amphiprion clarkii, uma das principais espécies cultivadas. Técnicas que aumentem a atratividade do alimento vivo podem incrementar a taxa de predação larval e assim potencializar o desempenho desta espécie, bem como de outros peixes marinhos. O objetivo deste estudo foi avaliar o crescimento e a sobrevivência de larvas de A. clarkii alimentadas com rotíferos Brachionus sp, submetidos a diferentes tratamentos de pigmentação. O experimento foi conduzido do 1 DAE até o 8 DAE, quando termina a alimentação com rotíferos. Foram testados 3 tratamentos, TC: Tratamento Controle – rotíferos alimentados com a microalga Nannocloropsis oculata; TA: rotíferos alimentados com microalga e pigmentados com astaxantina e TB: rotíferos alimentados com microalga e pigmentados com corante artificial vermelho a base de anilina. No primeiro dia de experimento amostrou-se 40 larvas para medir o comprimento total. As larvas foram mantidas em aquários de 20 l, com 145 larvas em cada. A salinidade foi de 25, temperatura 26ºC e oxigenação moderada. O fotoperíodo foi de 14L/10E. Os rotíferos eram fornecidos duas vezes ao dia, totalizando 20 rot ml-1. Os rotíferos eram pigmentados durante 55 min. em cada tratamento, antes do fornecimento: TC – 3 litros de N.oculata; TA – 1350 mg de astaxantina diluída em 3 litros de água e TB – 30 gotas de corante diluído em 3 litros de água. Os rotíferos eram filtrados em tela de 60 µ. A sobrevivência não apresentou diferenças significativas entre os tratamentos, sendo que a maior sobrevivência foi de 51% no TC. Em relação ao crescimento, o TA foi significativamente maior que TB e TC, com média de 5,48 mm de comprimento total (CT). Entre TB e TC não houve diferença significativa, com médias de 4,94 e 5,01mm de CT, respectivamente (P≤0,05). O presente estudo demonstrou que larvas de A. clarkii apresentam melhor crescimento quando alimentadas com rotíferos pigmentados com astaxantina. No entanto, é necessário estudar de que maneira o tratamento com pigmentação pode melhorar as taxas de sobrevivência desta espécie.
Palavras – chave: astaxantina, corante, larvicultura, peixes ornamentais, pigmentação